Notorious

Sisters of Mercy - First and Last And Always

 


Encarte do Tape de "First A

Lançado pela gravadora Wide Angle em 1985, Creatures Of Influence foi o primeiro álbum do Information Society, e infelizmente pelo simples motivo desse álbum não ter tido destaque como seus sucessores ficou sendo pouco conhecido, fazendo muitos acreditarem que o álbum “Information Society” de 1988 tenha sido o primeiro lançamento da banda. A própria “Running” já havia sido lançada em um single no ano anterior em 3 versões, com os vocais de Murat Konar.


Lado A do Tape

O álbum é um prato cheio para os fãs e apreciadores de synthpop, principalmente para aqueles que gostam de música eletrônica experimental que surgiu no final dos 70 e começo dos 80 com Kraftwerk, Heaven 17, Human League, etc... Com certeza o álbum mais experimental do Information Society.

Por alguns motivos esse álbum não obteve grandes vendas, o primeiro com certeza é da banda ter nascido nos E.U.A, país onde o preconceito com a música eletrônica era grande e, para completar as músicas não tinham apelo comercial, era a descoberta e a experimentação dos sintetizadores pelos garotos de Minneapolis.

Seguindo os passos do Human League e New Order, o Information teve a ousadia de ir contra aqueles que queriam usar a guitarra como instrumento comercial para fazer sucesso, o que mostra que a banda fazia algo que realmente amava, não era pelo dinheiro e fama, coisa que muitas bandas fizeram, principalmente as norte-americanas.

Um destaque desse álbum são suas diversas influências, mesmo tendo como principais Cabaret Voltaire e Gary Numan, acredito que seja um dos álbuns que tenha mais tem influências de bandas e até mesmo estilos, claro, sem perder a essência do álbum, o eletrônico de ponta a ponta. Possivelmente o nome do álbum “Creatures of Influence”, venha exatamente dessa criação em cima das influências que receberam.

 
FICHA

"Sisters of Mercy - First and Last and Always"
Data de Lançamento:
1985
Faixas: 10 faixas
Duração: 46 minutos aprox.

Faixa a Faixa:
01. Black Planet (4:27)
02. Walk Away (3:20)
03. No Time To Cry (3:54)
04. A Rock And A Hard Place (3:36)
05. Marian (Version) (5:37)
06. First And Last And Always (3:58)
07. Possession (4:36)
08. Nine While Nine (4:07)
09. Logic (4:46)
10. Some Kind Of Stranger (7:16)

Mixado por: Andrew Eldritch , Dave Allen Fotografia: Jill Furmanovsky , Ruth Polsky Produtor: Dave Allen
Capa: Mick Lowe & Andrew Eldritch

Gravadora: Merciful Release, WEA

 

 


Lado B do Tape

A primeira faixa, “Hiroshima”, lembra muito Gary Numan e Cabaret Voltaire com teclados bem sombrios.

Depois de ter sido lançada em single, "Running" vem na faixa 2 para rechear o álbum, música que por sinal nasceu da base de Numbers do Kraftwerk e que a partir dela acabou influenciando praticamente tudo o que nascia de Freestyle na época.

A 3ª faixa-título, “Creatures Of Influence”, é um dos destaques, batidas puramente Freestyle, que já mostrava o caminho que a banda seguiria nos anos seguintes. Nessa faixa o ritmo já tem mais apelo comercial, porém o vocal de Kurt já apela para o lado de Peter Murphy, Poesie Noire e The The.

A faixa 1 do lado B, vem com “Don't Lose Your Mind”, essa com um jeitão totalmente New Wave, bem alá Devo, sem dúvida a mais dançante do álbum.

“Fall In Line”, é a segunda song do lado B, ouvindo a música pela primeira vez, pensei que fosse Human League ou Gary Numan, os teclados de ambas são parecidíssimos e o vocal lembra bem Phil Oakey. Essa song se resume em uma mistura perfeita dessas bandas.

A próxima é “Signals”, que também conta com um pouco de batidas freestyle de Miami bem típico de Shanna e Trinere misturado com o Synth do Soft Cell.

Finalizando o álbum, a última faixa vem com “Swamp”, outra song pra lá de experimental, com a mesma base de Running, se tornando o primeiro videoclipe do Information Society.

Tecnicamente esse álbum fica atrás dos dois seguintes, até porque os outros já seguem uma linha definida de som, mas vale a pena conferir esse álbum para ver que a banda já fazia miséria com os Synthetizers e que estouraria mundo afora em questão de tempo.

André 242