Brincadeiras de Meninos e Meninas

Dando continuidade à nossa matéria sobre brincadeiras dos anos 80, apresentamos a seguir algumas brincadeiras das quais tanto meninos como meninas podiam participar.

Bom, vamos às brincadeiras:

Telefone sem fio

Esta brincadeira era clássica e de certa forma até educativa; era comum nas escolas ver a professora juntar os alunos em círculo e organizar a brincadeira do ‘Telefone sem fio’, por tratar-se de uma brincadeira que estimulava a comunicação era tida como um passatempo delicioso das horas de lazer na sala de aula. O mecanismo do jogo é muito simples, se junta um grupo de crianças dispostas em círculo, pode ser escolhida uma palavra ou frase para iniciar a brincadeira, um dos participantes recebe a ‘mensagem secreta’ e tem de passá-la ao companheiro do lado, falando uma única vez no ouvido do colega, e assim sucessivamente até que a palavra ou frase chegue ao final, era muito comum que a mensagem chegasse totalmente diferente da original, pois uma característica desse jogo era justamente alterar a palavra ou frase no meio do caminho, o que acabava em  muita diversão entre o grupo.

Passa Anel

Outra brincadeira bastante comum onde um grupo de meninos e meninas se reuniam, é necessário somente um anel e um bom sentido de observação. A brincadeira tinha início quando um dos participantes assumia o papel de ‘passar’ o anel que estava em suas mãos pelas mãos dos colegas (que permaneciam fechadas como se estivessem rezando), em uma das mãos era depositado o anel, os demais participantes deviam tentar adivinhar com quem estava o anel, quem adivinhasse passava o anel.

Batata Quente

A brincadeira da batata quente sempre gerava muito alvoroço, por tratar-se de uma brincadeira dinâmica onde todos os participantes podiam extravasar toda sua energia com boas gargalhadas. Para este jogo é necessário ter uma bola; um dos integrantes passa à frente e fica de costas para o grupo, todos os demais terão que passar a bola entre si rapidamente enquanto o participante virado de costas repete ‘batata quente, quente, quente, quente...’, o número de repetições é indeterminado, quando o participante achava que devia parar ele gritava ‘queimou’, e quem estava segurando a bola ficava fora do jogo ou pagava algum castigo.


Estátua
Esta brincadeira é muito gostosa, era muito boa para animar festas de aniversário inclusive pelo fato de utilizar-se música para animar a brincadeira. O grupo de participantes ficava disposto de forma aleatória, a música começava a tocar e todos tinham que dançar, quem estivesse no comando da música decidia quando parar, e os participantes tinham que ficar imóveis exatamente na posição em que estavam quando a música parou. O participante responsável pela música passa então por entre as ‘estátuas’ fazendo todo tipo de ‘gracinha’ propositalmente a ‘estátua’ que não conseguisse ficar parada perdia a brincadeira e tinha que sair, assim um por um dos participantes era eliminado até que sobrasse o vencedor.

Dança da Cadeira


Brincadeira muito famosa, inclusive muito utilizada em programas infantis de televisão. As crianças tinham que dançar em volta de cadeiras colocadas em forma de círculo com a parte do assento voltada para fora e os ‘encostos’  voltados para dentro, sempre havia uma cadeira a menos, justamente para que o participante que não conseguisse se sentar no término da música saísse da brincadeira; na rodada seguinte mais uma cadeira era retirada para eliminar mais um participante.



Detetive – Vítima – Assassino

Esta brincadeira é divertidíssima, devo até confessar que era uma das minhas favoritas nos tempo de escola. Para organizá-la são necessários alguns pedaços de papéis recortados, de acordo com o número de participantes; em um dos papéis deverá estar escrito ‘Detetive’, em outro ‘Assassino’, e em todos os outros papéis ‘Vítima’, os papéis então são dobrados, misturados e os participantes deverão escolher seu pedaço de papel, o personagem que sair para cada participante deve ser mantido em segredo, e assim começa a brincadeira. Uma vez que os papéis foram sorteados, os participantes devem sentar-se em círculo, preferencialmente todos de frente para todos, e o ‘Assassino’ deve começar a matar suas vítimas ‘piscando o olho’ secreta e discretamente para a vítima escolhida, esta por sua vez deve dizer simplesmente ‘morri’ sem olhar para o ‘Assassino’, pois a função de descobrir quem é o ‘Assassino’ é do ‘Detetive’. Se o ‘Assassino’ tiver sorte e matar suas vítimas sem ser pego, o ‘Detetive’ saia da brincadeira, porém se tivesse azar e escolhesse justamente o ‘Detetive’ como vítima, o mesmo ‘Detetive’ tinha de dizer: “Preso em nome da lei”, assim então o ‘Assassino’ era o perdedor e saia do jogo.

Queima/Queimada

Na década de 80 a Brincadeira muito boa, por ser dinâmica e exigir bastante velocidade e preparo físico, era comum ver grupos de meninos e meninas nas ruas jogando ‘queimada’. Os participantes precisavam de uma bola, que seria utilizada para ‘queimar’ o adversário. A brincadeira consistia em formar dois grupos de igual número de participantes, os grupos se dividiam escolhiam o espaço onde  era traçada uma linha divisória (na rua ou no espaço escolhido) e cada grupo tinha de ficar de um lado da linha. Um dos grupos iniciava a brincadeira com a bola, que era arremessada contra um dos participantes do grupo adversário, na tentativa de queimar esse participante acertando a bola nele, esse participante ‘queimado’ ia para um espaço fora do campo, chamado de ‘morto’;  esse espaço ‘morto’ ficava atrás do campo dos adversários, e o participante que está no ‘morto’ também podia queimar seus adversários, isso se a bola chegasse até o campo ‘morto’. Os participantes de cada equipe podiam utilizar a mão para parar ou pegar a bola, pois a mão na queimada é neutra. O ‘morto’ que conseguisse pegar a bola e queimar um adversário ganhava vida novamente e voltava para integrar sua equipe. Ganhava a equipe que conseguisse enviar todos os integrantes da equipe adversária para o campo ‘morto’.

Esconde-Esconde

Eis outra brincadeira extremamente popular, e mais uma vez unissex, podia ser praticada inclusive no dias de chuva, dentro de casa. Um participante era escolhido para ‘bater cara’, ou seja, tinha que encostar o rosto na parede e contar até determinado número, por exemplo: 50 (cinquenta), os demais tinham que correr e se esconder, aquele que fosse encontrado primeiro e que não conseguisse chegar até o local de ‘bater cara’ antes tinha que ‘bater cara’ na próxima rodada, a brincadeira acabava quando todos os participantes eram encontrados.

Pega-pega

Outra brincadeira muito comum praticada em grupo, geralmente com meninas e meninos, brincando em alguma rua da vila, e não custa nada lembrar, aqui era escolhido o garoto ou a garota que ‘ia pegar’ os demais todos diziam que ‘estava com ele’; a brincadeira começava com o grupo correndo aleatoriamente, e o garoto escolhido tinha que correr atrás dos demais, aquele que era ‘pego’ passava a pegar os outros, e o garoto que pegou ficava livre para correr e tentar não ser pego.

Beijo, Abraço e Aperto de Mão ou Pêra, Uva, Maçã.

Fiz questão de deixar esta brincadeira por último, pois é considerada como a grande ‘estrela’ das brincadeiras de ‘pré-adolescentes e adolescentes’ dos anos 80; afinal de contas era uma hora tão esperada, e contando com um pouco de sorte, você poderia beijar aquela garota bonita (ou garoto bonito), e com mais sorte ainda, poderia beijar quem você gostasse. A brincadeira contava com meninos e meninas que ficavam de frente, um dos participantes (sortudo) escolhido inicialmente por sorteio, ia para frente e ficava de costas, seus olhos eram cobertos pelo outro participante incumbido de apontar para os demais e perguntar se queria este ou aquele, após escolher um dos participantes, vinha a pergunta tão esperada: ‘Beijo, abraço ou aperto de mão’? (isso tudo logicamente sem que o participante escolhido soubesse quem estava sendo apontado, pura questão de sorte), o participante então dizia se queria ‘beijo, abraço ou aperto de mão’ do seu (sua) ‘escolhido’ (a). Havia uma opção extra que era ‘passeio na floresta’, o participante então contava com ‘Beijo, abraço, aperto de mão ou passeio na floresta’. Esta brincadeira era divertidíssima, e me lembro que no final de ano (quando já tinha passado a temporada das provas) costumava anteceder o sorteio do amigo secreto nas escolas.

Aqui vai uma pequena denúncia: algumas meninas ‘roubavam’ na brincadeira, pois contavam com uma amiga que ficava incumbida de cobrir os seus olhos, e na hora que chegava no ‘gatinho’ que elas queriam beijar, a amiga dava um toque de leve para que a amiga escolhesse o garoto e logicamente escolhesse também ‘Beijo’. No finalzinho dos 80, a brincadeira ganhou um nome menos direto: pêra, uva, maçã, com a variação da salada mista para o passeio no bosque.

Ivan Guilherme Bereni


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