Hall of Mirrors
Os Melhores Video-Clipes dos anos 80

Duran Duran - The Chauffeur
 

O vídeo clip que vamos comentar agora, foi um dos mais polêmicos feitos pelo Duran Duran no ano de 1982 – ano de lançamento do 2º. Álbum “Rio”, um dos melhores da banda considerado pela crítica e por muitos fãs.


Esta música pode não ser tão conhecida pelo público em geral e pela mídia, mas é imperdível em todos os shows do DD. Tanto que uma das frases desta música foi usada para dar nome a um dos DVD´s da Banda : “Sing Blue Silver”.

Como é de costume do Duran Duran desde o início, este clip também foi muito bem produzido e super faturado, onde eles gastam com lugares exóticos e mulheres igualmente exóticas e belas. Mais uma vez, o Duran conta uma história no seu vídeo clip.

Aqui você não verá a banda aparecer (embora haja uma teoria entre os fãs, que o próprio Simon Le Bon interpretou o papel do motorista...). O foco gira em torno dos personagens da historinha que foi criada, principalmente no Choffer (“The Chauffeur”), que dirige um carro super antigo e chique, levando uma bela dama toda de preto, e ela está vestindo uma roupa super sensual (espartilho, meias, luvas e muitas jóias). O vídeo foi feito em P&B.


A história deste clip foi inspirada no filme italiano “The Nigth Porter” (O porteiro da Noite - 1974), que mostra relações ambíguas entre oficias da SS em um campo de concentração na 2ª. Guerra Mundial.

Eles insinuam que ela está indo ao encontro de outra mulher, e elas sentem a proximidade uma da outra. Cada uma tem nas mãos um pedacinho de espelho quebrado, que parece ter uma ligação. A segunda mulher se arruma com uma linda lingeire, e segue ao encontro dela pelas ruas de Londres. O carro estaciona na garagem de um prédio abandonado para o encontro das duas, que são observadas apenas pelo motorista.

De repente o chofer tira o uniforme, e se revela sendo uma terceira mulher (a atriz Britânica Perri Lister, que fez também backing vocals para o grupo Visage) loira, com os seios amostra, e começa a fazer sua coreografia. Esta dança é claramente uma homenagem a atriz anglo-francesa Charlotte Rampling (1946), que fez um topless no filme “The Nigth Porter”. Ela faz esta dança ao som da parte instrumental da música, com um solo de flauta!

As duas modelos que se encontraram, ficam uma de frente para a outra, com as mãos espalmadas encostadas uma na outra, e começam a dançar também. Isso nos lembra a maneira como as pessoas faziam suas relações sexuais no filme “Barbarella” (Filme estrelado por Jane Fonda, onde havia um vilão chamado Duran Duran – foi de onde saiu o nome da banda). O filme é quase uma sátira a ficção científica, e a Barbarella mostra que no futuro ninguém mais precisaria de sexo. Tudo se resume apenas a troca de energia com as mãos. (!)

Isso tudo mostra como este clip foi polemizado, inclusive por insinuar um relacionamento lésbico. Porém, mostra também um lado muito sensual, com uma sutileza incrível.

Abraços,

Paully