Hall of Mirrors
Os Melhores Video-Clipes dos anos 80

Culture Club - Do You Really Want to Hurt me?

“Do You Really Want To Hurt Me” é uma música do primeiro álbum do Culture Club, o disco “Kissing To Be Clever”, lançado no ano de 1982.

A música se tornou um grande hit em vários países, chegando nas primeiras posições das paradas musicais.

O Videoclipe é bem bacana também, foi dirigido por Julien Temple, que dirigiu nada mais nada menos que “Absolute begginners” do David Bowie.

O vídeo começa com Boy George sentado no banco dos réus em um Tribunal, detalhe para os jurados, todos com as faces pintadas de preto.

Na cena seguinte, como se fosse um momento de flashback, Boy George se encontra numa casa noturna do Soho, no ano de 1936. A banda está no palco e Boy George anda entre as mesas, onde o público muito requintado observa com espanto a figura andrógina. Logo após seguranças do local o expulsam, numa referência ao preconceito com pessoas diferentes frequentando lugares chiques.

De volta ao Tribunal, o Juíz faz leitura dos autos, como se estivesse fazendo referência ao suposto “crime” ocorrido na casa noturna.

Na cena seguinte, outra de flashback, mostra Boy George num clube, já no ano de 1957, e novamente sua figura andrógina começa a incomodar os frequentadores, visivelmente espantados com tal “abuso”. Quando então dois frequentadores vão tentar expulsá-lo, Boy George simplesmente desaparece, como num passe de mágica.

De volta ao Tribunal, o Juíz furioso dá a sentença e os guardas o levam para a cadeia, onde mostra Boy george na cela, bem triste e desanimado. Na porta da cela, aparecem 3 dançarinas, meio que dando a entender que a porta da cela estava aberta e Boy George sai dançando pelos corredores até encontrar seus amigos da banda em uma escada, onde o videoclipe é finalizado.



A principal mensagem do vídeo é a luta contra o preconceito, onde pessoas que fogem do padrão imposto acabam pagando caro por expressarem suas vontades. O mais bacana é a mensagem final, que nos mostra que mesmo sendo julgados e condenados, somos livres de alma, como mostra Boy George saindo da prisão.

Carlos Simões