A Copa do Mundo de 1986

A copa do mundo FIFA de 1986, realiza da no México, foi a 13º disputada e contou com a participação de 24 países, divididos em seis grupos com quatro equipes.
Esta copa seria disputada na Colômbia, mas os graves problemas econômicos no país impediram os colombianos de sediar o torneio. A FIFA ofereceu então para o Brasil, mas o governo Sarney recusou, mesmo com muitos problemas devido aos fortes terremotos que afetaram o país, o México mais uma vez aceitou sediar o torneio (foi sede em 1970).

 

A participação brasileira estava tumultuada antes mesmo da bola rolar, sofremos com a troca de técnico, saiu Evaristo de Macedo, que comandara a seleção nas eliminatórias, e assumiu nosso saudoso Telê Santana, técnico da nossa grande seleção de 1982, logo de cara ele cortou por indisciplina o jogador Renato Gaúcho, em solidariedade ao companheiro, o atleta Leandro resolveu não participar da competição. Ao desembarcar no México mais problemas, não tínhamos campo para treinar, sofremos com improvisações e para piorar, ainda tínhamos vários atletas contundidos.


Mesmo com todos esses problemas, nossa seleção era forte candidata ao tão cobiçado tetra campeonato mundial. Nossa chave não era das mais fortes, vide:

Grupo D
Brasil
Espanha
Argélia
Irlanda do Norte


Nosso primeiro adversário foi à Espanha, jogo chato, jogamos muito mal e contamos com a “ajuda do arbitro”, pra ganharmos de magro 1 x 0, gol de Sócrates.

Contra a Argélia, mais uma vez deixamos a desejar, vencemos por 1 x 0 gol de Careca, depois dessa partida alguns atletas foram flagrados consumindo bebidas alcoólicas durante a apresentação de um circo.

Na terceira rodada, diante da Irlanda do Norte, fizemos nossa melhor apresentação da primeira fase, 3 x 0, gols de Careca, Josimar, e novamente Careca.

A seleção brasileira se classificou em primeiro lugar no grupo, e nosso adversário para as oitavas de finais seria a Polônia.





Escalação da Seleção de 1982

Goleiro - Carlos
Edson
Oscar
Edinho
Falcão
Junior
Muller
Casagrande
Careca
Zico
Edivaldo
Paulo Vitor
Josimar
Julio César
Alemão
Mauro Galvão
Branco
Dr. Sócrates
Elzo
Silas
Valdo
Leão

Oitavas de final

Contra os poloneses, a Seleção Brasileira fez sua melhor partida na Copa. No começo do jogo, o Brasil tomou um susto, quando levou uma bola na trave. Mas os brasileiros jogaram bem individualmente. Tramando boas jogadas, a Seleção abriu o placar aos 28 minutos do primeiro tempo. Careca sofreu pênalti. Na cobrança, Sócrates anotou 1 a zero. Apesar da superioridade brasileira, os poloneses conseguiram ir para o intervalo sem sofrer mais gols. No segundo tempo, no entanto, a Seleção Brasileira deslanchou. Josimar teve outra grande atuação e marcou mais um golaço na Copa, aos 11 minutos. Com o futebol envolvente, o técnico Telê Santana resolveu colocar em campo o craque Zico, que se recuperava de grave contusão no joelho. Pouco depois, Edinho fez o terceiro, aos 33. A Seleção chegaria ao quarto gol, após grande jogada de Zico, que foi derrubado na área pelo goleiro Mlynarczyk. Careca cobrou o penal e fechou o placar. No dia seguinte, a Seleção conheceria seu adversário nas quartas-de-final. O Brasil enfrentaria os franceses, que tinham eliminado os italianos, por 2 a 0.



Quartas-de-Final (Jogo com a França)

Embalados pela vitória contra a Polônia, os brasileiros encaravam os franceses, nas quartas -de-final. As duas seleções protagonizaram uma das melhores partidas da história das Copas. O equilíbrio marcou o jogo, em que as melhores oportunidades foram do Brasil. Aos 18min de jogo, Careca abriu o placar. Foi o quinto gol do artilheiro da Seleção naquela Copa.

Os franceses chegaram ao empate ainda no primeiro tempo. Em um lance que envolveu Giresse, Rocheteau e Stopyra, o craque Michel Platini empatou aos 40min. Foi o primeiro gol sofrido pela Seleção, depois de ter balançado as redes por dez vezes. Na segunda etapa, o Brasil teve o jogo na mão. Branco - cujo futebol foi crescendo ao longo do Mundial - avançou, tocou para Zico, recebeu de volta belo passe e foi derrubado na área pelo goleiro Bats.Zico, que acabara de entrar no lugar do atacante Muller, apresentou-se para a cobrança, mas o camisa 10 bateu mal, e o goleiro francês defendeu. A partida foi para a prorrogação, mas permaneceu empatada.

Na decisão por pênaltis, os franceses levaram a melhor. Na primeira cobrança, Bats defendeu o chute de Sócrates. A França fez 1 a 0 com Stopyra. Nas cobranças seguintes, as duas seleções converteram - a terceira cobrança francesa, de Bellone, a bola bateu na trave e nas costas do goleiro Carlos antes de entrar. Na última cobrança francesa, Michel Platini desperdiçou. Mas em seguida, Julio César chutou. A bola explodiu na trave de Bats. Fernandez definiu a classificação francesa.



O Brasil caía invicto. A geração de Zico, Júnior, Falcão, Sócrates e companhia perdia a última chance de ganhar uma Copa do Mundo. Zico carregou o fardo da eliminação em sua triste despedida dos Mundiais.

O que nos restou foi ver a seleção Argentina sagrar-se bi campeã mundial, com a bela participação de Diego Armando Maradona, que ficou marcado com o famoso gol de mão, no qual se apelidou de “A mão de Deus”. Aliás, no ano seguinte o New Order fez uma música chamada "Touched by the Hand of God", ainda descontentes com o erro do árbitro, pouco antes de serem convidados pela própria rainha da Inglaterra para compor o hino da seleção da Inglaterra para a copa de 90. Além desse gol, Maradona fez outro gol histórico nesta mesma partida, considerado por muitos o melhor de todas as copas, quando, saindo do campo de defesa, levou mais da metade do time inglês, até concluir com um golaço!


Ricardo Siqueira


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